ETextos produzidos durante a visita a Embu das Artes dia 15/04.
Grafismo indígena do acervo do Museu do Índio em Embu das Artes |
As cestarias estáticas dão passo a quem encontra entre as tranças os sentidos. O espanto leva à curiosidade. Entre adornos de guerreiros e caciques, os artistas são espectadores. Indígenas, participantes. Cor, simetria, dureza e cadência. Tudo vem do espírito.
Sons de histórias navegam pelas palavras que remetem às músicas. Por um instante ouço a melodia e os passos da dança. As flautas ressoam pela imaginação. As sementes e conchas dentro do pau de chuva caem como gotas por cima das folhas da floresta.
Olhos que já ouviram promessas demais cercam pelas esperanças que virão. Sonho e ideal são critérios do acervo. Resgate é uma palavra corrente, mas sem susto.
O mover do tempo introduziu detalhes, até despercebidos, entre culturas. O artista viu outro artista observar o universo dentro da flor. Olhar variante não é perfeito. A linguagem é a cor. A oportunidade é a troca.
- Por Patrícia Leardine
Toda criança mora por dentro.
Toda arte compreende o espírito.
Mas nem tudo se explica no todo,
e a diferença revela o mundo.
A natureza está no pensamento.
As cores encantam porque contêm
a narrativa do sentido.
Toda arte mora por dentro.
Toda criança compreende o espírito.
- Patrícia Leardine
arte não se ensina
a arte é tirada do coração
Não é o que você enxerga
é o que você sente.
a arte é a maior arma do artista.
a arte está em todos nós
arma artística para se comunicar.
arte se orienta
cada traço ser carregado de sentimento
as florestas da Europa tem cores padronizadas
o índio velho carrega uma criança dentro dele
a serpente representa a sabedoria
Walde-Mar
- Por Bruna Bueno
Um breve vento
em intensas palavras
conversas de um sábio
em volta da praça
tranquilidade, calma,
nada mais
sem complexidades
para encontrarem, a paz
a vida é muito mais
simples do que nós achamos.
- Por Allan Izumizawa
Com as palavras ele gostaria de demonstrar para as pessoas que estavam escutando o sentimento ou atitude do índio, o amigo que ele ganhou nos dias que esteve entre eles. Os índios têm de ser forte, mas também a sensibilidade deles, mostrando ao homem branco que todos somos irmãos, uma família. Nas palavras e nos movimentos com as mãos ele mostrava o sentimento que passaram na sabedoria e espírito dos índios.
- Por C. Alexandre Silva Sousa
Movimente Salve Embu das Artes: